Palestina livre!

PORQUE HOJE É DOMINGO... * 23 [A Dios rogando y con el mazo dando]

Pode ser uma imagem de texto que diz "Porque hoje é domingo" 

Os hinos nacionais que conheço (português incluído) são estúpidos, por várias razões que me abstenho de enunciar.

O do México, por exemplo, diz que o país foi criação do dedo de Deus, uma criação misturada (como em tantos outros hinos) com violência (ou apelo à marcha contra canhões). Aconteceu que, um dia, estava Deus a ouvir o dito hino e conversou com os querubins e serafins que o rodeavam. Juan Miguel Zunzunegui registou a conversa em La tiranía de las ideas. Transcrevo um pedaço do relato:

Deus, que na verdade nunca foi muito sério, mas sim travesso e brincalhão, estava muito circunspecto. Ele ouvia o hino nacional mexicano e não estava nada contente com as calúnias que essa ode à violência fazia sobre a sua divina pessoa.

— Que diabos é isso de que o destino deles foi escrito pelo dedo de Deus? Eu não tenho nada a ver com isso, nem sequer tenho dedos. E já estaria na hora de pararem de me pedir para fazer tudo por vocês e, ainda por cima, me empurrarem o destino deles.

Isso aconteceu numa audiência em que dois anjos o interrogavam sobre o mau tratamento que ele dava a esse canto do planeta chamado México, que por mais que se esforçasse não conseguia sair da miséria, e que, em contrapartida, ele tinha sido tão generoso com aquele outro canto, um pouco mais ao norte, conhecido como Estados Unidos, onde aparentemente tudo dava certo.

— Pois... a mim, que me levem para o inferno se eu tiver algo que ver com todo esse assunto.

— Bem — respondeu um dos querubins —, ambos os povos afirmam que Tu inventaste os seus países.

— Sim — acrescentou o outro —, os mexicanos afirmam que escreves o seu destino, rezam muito para ti o tempo todo, dizem que gostas que sejam pobres e que por isso irão para o céu, e não param de dizer coisas como: «Se Deus quiser», «Que seja o que Deus quiser», ou consolam-se argumentando: «Já estava no destino». Estão convencidos de que tudo é culpa tua.

— Sim, claro — respondeu o Senhor (que, se é criador, certamente é Senhora, mas concordaremos em chamá-lo de Senhor para não confundir) —, eles também passam o tempo dizendo que Me imploram e batem com o malho, mas só imploram e nunca batem com o malho (*); ou que Eu ajudo quem madruga, quando quem madruga está se ajudando sozinho. Além disso, prestem atenção, nunca rezam para Mim, mas para onze mil versões diferentes de supostos santos e virgens.

(*) referência à expressão castellhana "A Dios rogando y con el mazo dando" [equivalente ao português "A Deus rogando e com o malho dando"], cujo significado está explicado aqui

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

TEMPO MUSICAL

Acabou de ser publicado o episódio número 50 do podcast Clássica Mente. Tema: o tempo musical

O tempo é invisível: passa sem que o possamos agarrar. Na música, porém, ele torna-se, digamos… palpável: sente-se num ritmo, num compasso, numa duração. O tempo é a matéria-prima da música — sem tempo, não há som organizado, não há vida musical.

Neste episódio, ouvimos como a música transforma o tempo em experiência.

Porque a música ensina-nos a escutar o tempo. A saboreá-lo, a habitá-lo. Se a vida é feita de instantes que passam, a música mostra-nos que cada instante pode ser eterno. Talvez por isso a música seja tão próxima de nós: porque dá forma ao mistério do tempo. 

Está aqui: https://omeubau.net/tempo-musical/

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

PORQUE HOJE É DOMINGO... * 22 [as quatro mulheres de deus]

 

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

PORQUE HOJE É DOMINGO... * 21 [Titivillus]

 

Os livros eram importantes na Idade Média, não pelo conteúdo, mas pelo alto valor comercial que possuíam. O papel e a tinta eram itens caros -- e ainda era preciso o trabalho de um copista, geralmente monge, que trabalhava copiando os livros e criando novos exemplares. A maior parte dos livros do período medieval era religioso, como a bíblia e orientações da Igreja Católica. Quando um monge cometia um erro na sua cópia, ele sabia o culpado: o Titivillus.

O Titivillus era um demónio responsável por fazer os monges copistas errarem a escrita sagrada, além de ser o responsável por erros de leitura, má dicção e cochichar durante a missa. Foi citado pela primeira vez no Tractatus de Penitentia, de 1285, escrito por John Galensis. Durante a Idade Média, o Titivillus foi retratado em quadros, livros e até em dicionários. O aparecimento mais notável aconteceu no livro The Myroure of Oure Ladye, do século XV, onde na página 54, Titivillus “assumiu o controlo” da escrita, apresenta-se e diz quais são os seus objetivos, obviamente, cometendo vários erros gramaticais.
 

 escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

BOLACHAS DE CHOCOLATE LEIBNIZ

Existe uma ligação -- isto é mesmo verdade -- entre o grande filósofo e as igualmente excelentes bolachas de chocolate. Quando os fabricantes destas bolachas, cujo apelido era Bahlsen e cuja fábrica se situava em Hanover, procuraram o nome de um habitante da cidade que fosse famoso e que pudessem utilizar na caixa, a sua primeira escolha foi Leibniz".

(Lesley Levene. Filosofia para pessoas com pressa)

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

UMA SEITA CANIBAL

Inicialmente, os romanos toleravam o cristianismo como uma seita judaica. A partir do século I, começaram a ver os cristãos como um grupo separado e perigoso. Os cristãos recusavam-se a prestar culto ao imperador romano como um deus e recusavam-se a adorar os deuses romanos, fanaticamente considerando o seu Deus o único verdadeiro.
Como resultado, os cristãos eram frequentemente acusados de crimes como ateísmo, incesto... 

...e canibalismo. E com razão. Segundo os próprios (católicos), na Eucaristia, depois de o sacerdote consagrar o pão e o vinho — "que são transubstanciados no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo —, neste momento, Nosso Senhor está inteiramente presente. Nem pão nem vinho permanecem". 

O convite é sempre o mesmo: "tomai e comei" (o meu corpo); "tomai e bebei" (o meu sangue). 

 escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

EX-CITAÇÕES * 159. Filosofia Ocidental


A chamada filosofia ocidental não nasceu na Europa, mas na Ásia Menor, numa zona hoje pertencente à Turquia. 

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

ZOOM [114] - arroba


escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>